A Polícia Civil de Minas Gerais investiga as circunstâncias que levaram à morte de três mulheres da mesma família — uma idosa de 66 anos, sua filha de 40 e a neta de apenas 2 anos — encontradas sem vida na tarde da última sexta-feira (9), em um apartamento no 13º andar de um prédio localizado no bairro Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os quatro cães da família também foram encontrados mortos no local.
Segundo informações da Polícia Militar, os corpos estavam dispostos sobre uma mesma cama, em um quarto trancado por dentro. O cômodo estava isolado e sem ventilação, e os policiais identificaram a presença de uma pequena churrasqueira com vestígios de carvão queimado, além de duas bandejas próximas. A perícia foi acionada para analisar os elementos encontrados, que podem ser cruciais para elucidar a causa das mortes.
A descoberta se deu após a síndica do edifício, Raquel Perpétuo Moreira, ser alertada por uma moradora sobre um forte odor vindo do imóvel. A síndica, por sua vez, já havia sido procurada por uma mulher preocupada com o paradeiro das vítimas — a avó paterna da criança, que relatou não ter contato com as familiares desde o domingo anterior (4). Diante da suspeita de algo grave, Raquel acionou a polícia, que entrou no apartamento com o auxílio de um chaveiro.
As vítimas foram identificadas como Cristina Antonini, de 66 anos; Daniela Antonini, de 40; e a pequena Giovana Antonini, de 1 ano e 11 meses. Informações preliminares apontam que Daniela deixou uma carta, na qual relatava dificuldades financeiras e pedia perdão. O conteúdo do bilhete foi entregue à Polícia Militar e será analisado pela Polícia Civil, podendo lançar luz sobre uma possível motivação para a tragédia.
A corporação aguarda o resultado dos laudos técnicos para determinar oficialmente as causas das mortes. De acordo com os peritos, o estágio de decomposição dos corpos, sobretudo o da avó, indica que o falecimento pode ter ocorrido dias antes da descoberta.
A investigação segue em curso, e até o momento nenhuma hipótese foi descartada. A Polícia Civil permanece em busca de respostas para um caso que chocou moradores do edifício e comoveu a capital mineira.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo
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